terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Os 3 gêneros

É como se fosse a primeira vez.Surge como algo novo, como algo inusitado, inesperado que me toma parte por parte, a cada dia.Mas não mais me corroendo, mas também não me domando.Vem do delicado, da possibilidade e da oportunidade de construir algo imensamente maior.Porque vai além da certeza, vai além do que realmente é.Perambula pelas fantasias, dá uma volta nos livros da ficção, e para um pouco no romance.Percorre meio caminho e para.Trajeto curioso, eu diria.Analisa cada passo para ser perfeito.
Mas deixar ser perfeito me parece tão mais meticuloso.Faz até do errado certo, do imprevisível acontecer e do espontâneo ressurgir.Ou melhor, surgir.Eu só estava pensando se...talvez...

"Se você quiser e vier pro que der e vier, comigo.Eu te prometo o sol."

domingo, 29 de janeiro de 2012

Não precisa usar jeans

São muitas páginas lidas, muitos desenhos rabiscados e vistos apenas de longe.Nunca soube se realmente foi, olhando por dentro, você não está em lugar nenhum.Apenas toma um espaço que me incomoda, um espaço que por direito não existe e não é mais seu.Mas... é sempre um porém, sempre uma maldita pausa ou conjunção adversativa.E eu não sei se devo continuar com as reticências.Preciso de uma conclusão, ou simplesmente um ponto final.
Vem você, sempre no silêncio, ainda sem palavras.Mas... se houvesse uma, eu seria a rima.Eu conduziria a dança, cantaria os versos, seria mais uma vez.De um jeito diferente, estranho, bizarro, nítido, seguro e até encantado.Deve haver um motivo, atração ou harmonia, talvez? O conjunto está em você.E eu quero.Mas...as peças estão espalhadas, você está aos pedaços ou talvez eu também esteja.Cada concha por concha, grão por grão, pião por pião, só precisa ser achado.Me avise se estiver disposto a encontrar, mas...enquanto isso,me encontro no alto relendo, refazendo, ou apenas escrevendo,sem conseguir colocar um ponto final.Talvez eu fosse a rima se você fosse a palavra.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Caixa de lápis

Descrever é como colorir, você nunca sabe ao certo como começar.E é mais ou menos no meio que a gente se encontra.Onde só existe nossas mãos e nossos sorrisos cravados na lembrança de um tempo que permanecerá pra sempre.Talvez algum dia isso tudo se perca nos livros e nas passadas dos anos, mas jamais dentro de nós duas.É difícil mais uma vez te garantir que lá vai ser melhor ou mais fácil.São obstáculos da vida, e você vai crescer o suficiente pra ''chegar lá''.Suas pessoas hoje, serão suas enquanto você permitir que sejam.Eu espero poder estar com você em cada parte sua onde você estiver e te guiar pela minha essência.
É como se ainda fosse você, e como se ainda fosse nós duas.A distância pode até afastar mas jamais separar.E se em algum momento você se sentir só ou achar que tudo vai desabar, apenas olhe em sua volta, e relembre os momentos.A saudade sufoca às vezes, mas estarei aqui se precisar respirar.Leve uma parte de tudo com você, e tenha certeza que será sempre sua se cultivar.
Você sabe sua capacidade de apenas ser, sabe que pode ir além de qualquer limite e qualquer palavra má dita, qualquer má intenção.Volte sempre que achar preciso, certas coisas não vale a pena resistir.Certas coisas simplesmente voltam a ser.Lembre-se dos seus valores e das pessoas que mais te amam e que só te querem o bem, jamais deixe isso se perder.Leve no bolso aquilo que couber no coração.Seja forte pra saber dizer sim e não, pra escolher o que for melhor mesmo que isso te arranque a pele.Por um tempo esqueça as coisas do coração, foque em controlar sua saudade e em planejar o que está por vir.Aproveitar as novas oportunidades, usar e ousar do tempo.
Sempre que for preciso, leia esta carta, decore-a se quiser.Sinta em cada linha o meu amor por você, meu consolo e afeto.Eles estarão sempre juntos para te abraçar em qualquer fuso horário ou estação.E quando estiver bem lá na frente, leia denovo e veja o quanto algo mudou ou o quanto não mudou em nada.

Te dou os lápis pra você começar a colorir sozinha, e as palavras pra descrever tamanha experiência de imensa construção interior.Te dou os lápis pra você colorir comigo e descrever nossa história a partir de hoje.

domingo, 15 de janeiro de 2012

Em primeira pessoa, talvez.

Venho contra minha vontade, contra mim mesma na verdade.Contra todos os princípios e leis regidas ou não por mim.Está dito entregue o que deveria ser retirado, arrancado de mim.Sei que tentar estabelecer qualquer limite será em vão.Talvez só seja preciso tempo, ou vários baldes de água fria, na esperança de ser acordada de um outro jeito que não seja bela adormecida.Pulando sempre as metades, para chegar logo no fim.Mas a única coisa que encontro no fim, é sempre um novo começo.É como se renascesse.Desse continuidade por si só.Pois então, que seja.Parei de apertar stop.
Um novo parágrafo com cara de velho.Um novo pedido em mãos.Me leve com você.Me leve de um jeito que eu não precise ser deixada, sem abraços efêmeros.Apenas denovo, eu e você.Só quero meu lugar de volta, meu cantinho de parede, um pouco da cozinha e tudo de você.Seu coração outra vez, mesmo que eu tenha que dividi-lo.Quero saber que ainda é sim, mesmo que tenha tudo para ser não.E que venham os novos erros, e mais acertos.Não sei como chamaremos isso, mas quem precisa de nomes? Vamos ficar juntos em primeira pessoa.Ser nós, separados e juntos ao mesmo tempo.

E que comecem os novos textos e as novas apostas.Voltei com o às de copas.